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Qualidade necessita de liderannça

No dia a dia das organizações, a importância da qualidade já se tornou clara para todos, chega-se até mesmo em falar em excelência buscada em seu nível mais alto. A maioria dos dirigentes não questiona isso e sabe que, sem produtos ou serviços de qualidade, a companhia terá sua sobrevivência ameaçada. Os que ainda querem competir sem um respeitado padrão de excelência, precisam ter a noção de que, sem ele as suas empresas estão perdendo ou caminhando para perder mercado e, até mesmo, encerrar suas atividades.

Entre os que se conscientizaram da necessidade de um padrão de qualidade, a maioria já entende e sabe, que qualidade se alcança através de uma forma sistêmica na empresa, um sistema de gestão da qualidade. Para pavimentar o caminho para a qualidade, boa parte já trabalha na utilização de normas que geram resultados efetivos, como o preconizado pela NBR ISO 9001:2015. Esses trabalham com profissionalismo e determinação, colocando-se como “agentes efetivos no processo”; pondo-se como comprometidos com o sistema, investindo na sua implantação, disponibilizando os recursos de material e pessoal interno ou externo que se fizerem necessários. E, fundamentalmente, exercendo a sua liderança pelo exemplo, aí incluída a sua presença física e participação no processo.

Porém, ainda existem dirigentes que “querem a qualidade”, mas adotam a pior forma de conduzir a estruturação do sistema; os quais podem ser chamados de “executivos blá blá blá”. São aqueles que ficam divulgando a necessidade dos atributos da excelência na empresa com discursos inflamados, determinando a colocação de faixas e cartazes, exortando a todos para o comprometimento e ação pela melhoria e eles próprios não executam as ações quotidianas. E assim agindo, comprometem todo o processo pela diferença entre o discurso e a prática. Logo depois de fazerem a propaganda, tomam atitudes contrárias aos princípios elementares que ela preconiza, tais como:

* Priorizam o preço sobre a qualidade, tomando-o como determinante na aquisição de matéria-prima, na contratação de prestadores de serviço, na remuneração de seu pessoal e em tudo que significar investimento ou despesa.

* Burlam a legislação trabalhista e negligenciam as questões como as de segurança no trabalho. * Evitam “gastar” com treinamento.

* Não procuram motivar suas equipes.

* Não se preocupam em melhoria de processos, porque acham que já têm uma organização com procedimentos consolidados e não precisam melhorar nada.

* Rechaçam toda proposta de melhoria que envolva investimentos.

* Não querem saber de apoio externo, como visitas a empresas que estão evoluindo e nem consultorias externas para absorver conhecimentos, porque a sua experiência pessoal é suficiente para implantar todas as melhorias.

* Não ouvem as reclamações ou sugestões de seus clientes, sempre estão prontos para contra-argumentar toda reclamação para justificar suas falhas e ainda taxam seus clientes de exigentes ou “chatos”.

* Deixam para o segundo plano as decisões e ações sobre qualidade e priorizam outras emergentes. Até mesmo questões pessoais triviais acabam sendo prioritárias.

* Criam uma equipe da qualidade e praticamente dizem que “assunto de qualidade é com eles” e ainda não dão a devida atenção a ela.

* Se esquecem de que qualidade é um processo mais amplo e importante, que deve envolver a todos.

Tudo isso que acontece com o pessoal de sua empresa é desinteresse, sentimento de baixo apoio, pouco envolvimento e comprometimento, resistência às mudanças, descrença na qualidade etc. Ele ainda tem a coragem de reunir a equipe para reclamar da inexistência de resultados, da situação de desvantagem da organização em relação àquela concorrente que ganha mercado ou recebem a certificação de qualidade. E dizem a eles que a culpa é da “absoluta incompetência de sua equipe”.

Porém, o problema está nele mesmo, porque a partir do comportamento do executivo é que as ações vão se desencadear. São pelas atitudes que ele toma no dia-a-dia que passa a sua visão, os seus valores, a todos que com ele trabalham.

Se a qualidade não passar do discurso não vai fazer efeito. Sem o efetivo envolvimento e liderança dos dirigentes, não se consegue sucesso da implantação de um sistema de gestão da qualidade na organização. O exemplo pessoal e profissional de cada liderança mostra que o comprometimento institucional ajuda a vencer as resistências que surgem em todo processo de mudança, mostra que a liderança se identifica com a qualidade.

É necessário aos diretores que partam para a ação e exemplo:

* Divulgando a cultura da qualidade e mostrando que eles também estão imbuídos dela. * Dando e buscando apoio externo ou interno para a implantação e melhoria contínua de processos e atitudes da qualidade.

*Tendo atitudes de melhoramento na condução dos trabalhos da organização. * Buscando desenvolvimento técnico e gerencial contínuo deles próprios e dos recursos humanos de sua organização.

* Monitorando a satisfação de seus clientes e, deles, buscando informações para melhoria contínua de seu sistema de qualidade.

* Motivando seu pessoal.

*Estabelecendo ampla e permanente agenda para a qualidade.

* Agilizando a tomada de decisão nos assuntos ligados à melhoria

Entrando “para valer” na qualidade, o líder trará junto de si todo o corpo funcional da organização e verá que ela não é apenas para se mostrar, é para se praticar e envolver a todos, da ponta à base da pirâmide organizacional. E que seus resultados não estão apenas no “se ver” um certificado de sistema da qualidade, mas na racionalização e padronização de processos, na redução de custos, na motivação e bem estar de seu pessoal, na melhoria da imagem organizacional, no crescimento de vendas, no aumento da lucratividade e finalmente na consolidação e perpetuação da organização. E evitará ser enquadrado na principal causa de frustração da implantação de sistemas de qualidade nas empresas: a liderança sem o comprometimento e atitudes exemplares e efetivas para a qualidade.


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